segunda-feira, 9 de maio de 2011

Descidas e resgates



Quem viu, talvez entenda melhor os cristãos que falam de kênosis  e de resgate. Os 37 mineiros chilenos aprisionados ao norte do Chile, deserto do Atacama, na mina San José, em Copiapó, esperaram nas trevas, por dois meses, que os de cima os resgatassem. Embora estivessem lá, extraindo riquezas, por si mesmos não tinham recursos para se salvar. Escuridão e morte os rondavam. 

Os de cima estudaram meios, abriram um túnel, criaram uma cápsula, enviaram luz e alimento, estudaram maneiras de resgatá-los, finalmente desceram um salvador, alguém que sabia o que fazer para trazê-los à luz.

Na catequese cristã é assim que se ensina. O ser humano estava aprisionado nas trevas da ignorância, do pecado, da violência e dos seus erros. Por si mesmo não veria a luz. Alguém criou as condições para que ele subisse. Este alguém desceu até eles e resgatou-os por meio de gestos e instrumentos, um deles chamado “cruz”. Fez kênosis e  resgate.

Estávamos como aqueles 37 mineiros e Jesus nos resgatou. E a ordem foi justa: o primeiro resgatado foi alguém capaz de liderar e ajudar a resgatar os demais. A seguir foram salvos os mais enfraquecidos e abatidos pelas trevas da mina soterrada. Finalmente os mais fortes e, por último, o líder do grupo. Tem mais dever aquele que pode mais. Maior amor demonstra quem luta pelos que mais precisam. Finalmente, ele cuidou de seu próprio resgate. 

O que aconteceu naquela mina no Chile dá uma idéia da catequese dos católicos: kênosis e resgate. Se alguém não pode subir, alguém de cima precisa descer até ele. Jesus fez isso! 

Na próxima vez que você precisar explicar a uma criança ou a uma pessoa de outra religião o que pensamos a respeito de Jesus, use estas palavras “kênosis e resgate”, “descida e redenção” . Conte a história da mina e dos mineiros soterrados nela. Sobreviveram com a  ajuda de outros, de cima veio o socorro e eles puderam ver a luz porque alguém desceu até eles. 

Com uma diferença: o salvador de todos veio viver entre nós por muitos anos e só depois fez os gestos mais concretos de resgate. Não fez tudo em dois meses. Foi presença de mais de trinta anos. É que o resgate da humanidade era ainda mais exigente! 

Crê quem pode! Duvida quem acha impossível! Agradece quem compreende os gestos e a vida de Jesus! Como o mal não vai embora por um estalo de dedos, seus deslizes e seus movimentos continuam soterrando. Para sorte nossa, Jesus continua resgatando. E assim será até o fim dos tempos. As vítimas do pecado podem confiar! Jesus ainda vem e ainda salva! Mas isto é questão de fé que nem todo mundo tem.  Quem tem, agradeça e coopere!
 
Fonte: Pe Zezinho 
Local:São Paulo (SP)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ás Mães


- às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos; 


- às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado; 


- às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes; 


- às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...; 


- às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho...; 


- também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe... E finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício... 


A todas as Mães, a todas sem exceção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça! 


Jefferson Nunes - JUMIRE - Região São Paulo