segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

MARIA, nossa doce Esperança!

Santo Afonso é um grande cantador das Glórias de Maria e, por isso, a coloca como exemplo de seguimento a Jesus Cristo. Não à toa, ela nos é apresentada com grande importância e destaque na Espiritualidade Redentorista. Ela é caminho seguro que nos leva ao Salvador e à Salvação. Com efeito, sem Maria não atingiremos plenamente o coração do nosso Deus, visto que lhe fora dado merecimentos de intercessora. Que sorte temos! Haverá perdição a quem a ela se confiar nos momentos de grande solidão e dificuldades? Afonso nos garante que não: “A poderosa intercessão de Maria é certeza de que a súplica feita, em Maria, tem garantia de resposta!” (As Glórias de Maria, p. 76).

Escolhida para ser a Mãe do Redentor, Maria se torna a Mãe da Humanidade. O menino Deus aprendeu dela o nosso jeito de ser humano. Ela o ensinou as lições cotidianas da vida. Ele, por sua vez, aprendendo a ser humano, nos revelou os segredos da divindade e nos mostrou que somos capazes de santidade.

Maria deve ser seguida como exemplo: Ela foi a mãe que acompanhou Jesus em todos os momentos, desde o nascimento naquela manjedoura entre os animais, até a cruz entre os ladrões. Seu SIM aconteceu desde a encarnação, passando pelo Calvário e se estendendo até os nossos dias. Ela sentiu as dores de seu Filho no coração, mas não o abandonou em nenhum instante. A intercessora de Jesus, aos pés da cruz, nos recebe como seus filhos (Jo 19, 25-27). Desse modo, ela se torna, também, a nossa intercessora e medianeira.

Acolhamos, pois, a Maria, nossa mãe, como modelo e exemplo de vida e ela, com certeza, ficará feliz em ser rogada como Intercessora e Medianeira e nos ajudará a alcançarmos as graças que nos são necessárias para a nossa Salvação.


Sendo nossa mãe, Maria nos aponta sempre o Redentor, o porto seguro da Salvação. Por isso, ao interceder por nós ela não se cansa de nos pedir: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Dessa maneira, a Mãe de Jesus nos ensina a sermos verdadeiros filhos de Deus! Interceda sempre por nós, oh doce esperança de Afonso!


                       pintura feita por Santo Afonso



Pe. Lucas Emanuel, CSsR
Diretor Seminário Saníssimo Redentor
Província Redentorista de São Paulo

A Eucaristia

Jesus Cristo é centro da Espiritualidade Redentorista. Santo Afonso se perguntava por que Jesus veio até nós? E a única resposta que encontrou foi o amor, Jesus é a maior prova do amor de Deus pela humanidade “Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho, para que não morra quem nele crer, mas tenha vida eterna” (Jo 3,16).

Na quinta-feira santa, às vésperas de sua morte, Jesus instituiu a eucaristia, sacramento que nos faz lembrar do seu amor, da sua presença constante caminhando conosco em meio as dificuldades da vida, como Ele mesmo prometeu “Eis que estou convosco todos os dias até  fim do mundo” (Mt 28,20)

Santo Afonso dizia que as pessoas no seu leito de morte se preocupam em deixar roupas, joias e objetos de valor para demonstrar seu amor e sua afeição, mas Jesus deixou a si mesmo, seu corpo e sangue para estar sempre acessível a nós: “Verbo eterno, não vos bastou tomar a nossa natureza e morrer por nós na Cruz, quisestes ainda dar-nos este sacramento para serdes nosso companheiro, nosso alimento e penhor da glória celeste”.

Ao contrario do pensamento de alguns de seu tempo que recomendava as pessoas a manterem distância da eucaristia até que fossem dignas, Afonso incentivava os cristãos a comungarem e fazerem visitas com frequência a Jesus eucarístico, dizendo que aqueles que sentem frio devem aproximarem-se do fogo e não se afastarem dele, a eucaristia é o fogo do amor de Deus que arde constantemente por nós. Escreveu o livro visitas ao santíssimo sacramento com uma oração para cada dia do mês.  

Para o redentorista a eucaristia é o alimento que sustenta sua missão, sinal de comunhão com Deus e com os irmãos, por isso a tradição de manter a capela sempre no centro do convento para que o religioso não se esqueça de reservar vários momentos do seu dia para visitar Jesus que fica dia e noite no sacrário nos esperando.

Eucaristia significa ação de graças, a vida do cristão deve ser sempre um agradecimento a Deus pelo passado, presente e futuro, e assim sendo, testemunhará Deus que ama tanto a humanidade que enviou em Jesus para ser Nosso Redentor.

 imagem tirada da internet




Guilherme Dias Viana
Aspirante Propedêutico
Província Redentorista de São Paulo

A CRUZ: A CHAVE DA REDENÇÃO DO MUNDO!

Quando olhamos para palavra Redenção deparamos com o significado: “aquele que redime e resgata; aquele que resgata os cativos”. Mas para entendermos de fato o que ela significa, basta olharmos para a vida e a pessoa de Jesus Cristo.

Quando olhamos a CRUZ lembramos do ato mais significativo para cada um nós, nos recorda do ato em que Jesus nos ofereceu, com sua morte na cruz, a nossa redenção, a nossa salvação plena com o seu sangue derramado por nós. Assim fomos libertados do pecado da morte com o sangue precioso de Jesus.

Nos Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João nos contam como foram os últimos momentos da vida de Jesus. Após celebrar a Páscoa com seus discípulos foi com eles ao jardim das oliveiras para ficarem com o mestre em vigília em oração, Jesus porem se retirou da presença deles  para rezar ao pai assim preparando seu espírito,  sua carne corporal para a sua doação e a entrega por todos por amor. ”O pai se for possível afasta de mim esse cálice seja feita a tua vontade e não a minha” (mt:26,39) Jesus já sabia tudo o que ia acontecer a seu respeito nos dá uma grande lição nos ensina a sermos fortes no momento de nossa agonia, e do sofrimento basta cada um de nós a entregarmos a nossa vida nas mãos do Cristo Redentor.

Jesus se “fez obediente até à morte de cruz” ( Fil 2,8). Assim foi a vontade de Deus pra se realizar em seu Filho o plano de salvação, um ato de misericórdia e de redenção. Mesmo sendo traído por Judas e negado  por Pedro, foi flagelado, condenado à morte como se fosse um malfeitor, mas Deus esteve do lado de seu Filho nessas horas de agonia, de dor, sofrimento. Nestes momentos finais de Jesus neste mundo com todos estes sofrimentos ele não disse nada ficou calado. “Como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador” (Is 53,7). Nosso Senhor não foi comparado a um leão quando foi conduzido à morte. Como um cordeiro, uma ovelha, guardou silêncio quando foi conduzido à Paixão e à morte: ‘Como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca’ na Sua humilhação.

Confirmando a palavra da profecia com a Sua conduta, guardou silêncio quando O levaram, calou-Se quando O julgaram, não Se queixou quando O flagelaram, não discutiu quando O condenaram, não Se irritou quando O amarraram. Não murmurou quando Lhe deram bofetadas, não gritou quando O despojaram das Suas vestes, tal como uma ovelha durante a tosquia. Não os amaldiçoou quando Lhe deram o fel e o vinagre; não Se irritou com eles quando O cravaram no madeiro.

Santo Afonso nutria a sua vida com os mistérios da Redenção ele escreve: “Eu mesmo uso todo dia. Recomendo-lhe não deixar passar nenhum dia sem recordarem sua mente ao menos alguma coisa da paixão com o auxílio deste livro ou de um outro. A Paixão tem sido o continuo objeto de meditação para os santos”. (Santo Afonso)

O ato de amor de Jesus por nós é a sua entrega final deixa ser crucificado na Cruz, “um Deus loucamente apaixonado por nós”, Um amor que sacrifica a própria vida pelos amigos. Com sua morte na Cruz Jesus apaga todos os pecados e abre pra nós a chave da Redenção redime a todos com seu precioso sangue derramado na Cruz. Com seu coração traspassado pela lança logo sai sangue e água e nasce a Igreja e o sacramento do Batismo e da Eucaristia, e assim a Igreja esposa de Cristo, nasceu do coração traspassado de Cristo na Cruz.

A devoção de Santo Afonso à Paixão deixou sua marca na congregação e na sua missão, ele chamou os Redentoristas a segui-lo nos passos de Cristo Redentor pregando a boa nova do reino de Deus aos mais pobres e abandonados. Deu á congregação o seu brasão com a Cruz, a Lança e a esponja e o lema: “COPIOSA APUD EUM REDEMPTIO”. Assim os missionários redentoristas são conhecidos por todo mundo de serem os anunciadores da Copiosa Redenção que brotou do coração traspassado pela lança na cruz.





          Crucifixo pintado por Santo Afonso



Luiz Felipe
Aspirante Propedêutico
Província Redentorista de São Paulo

A Encarnação


   No Presépio trilhamos a Encarnação que a Congregação deve fazer como fez o Verbo: em tudo igual ao homem a ser evangelizado. Ao se encarnar em nosso meio, Jesus quis mostrar o quanto nos ama e o quanto se preocupa com a nossa salvação, se fez homem como nós. Percebemos que Jesus nasceu pobre e desapegado de tudo, ou seja, veio a esse mundo exatamente como eram aqueles que mais precisavam de “médico”.
   
A espiritualidade de Maria Celeste Crostarosa e de Santo Afonso Maria nos diz que o Filho de Deus veio ao mundo por amor e para conquistar o amor dos seres humanos. É isso que o Redentorista deve fazer quando lhe é apresentado à espiritualidade da Encarnação, ir ao encontro das pessoas, principalmente dos mais pobres e abandonados, por amor; conquistar o amor das pessoas através do jeito de falar, de acolher, de aceitar, de olhar, assim como fez Jesus quando as pessoas se aproximavam Dele.

     



     E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. (Jo 1, 14)

                                      
         imagem:internet site universovozes.com.br



         Gustavo Vieira da Costa
          Aspirante Propedêutico 
        Província Redentorista de São Paulo