terça-feira, 18 de novembro de 2014

Fundação de nossa Congragação Redentorista: Feliz ousadia que se renova.

Olá, queridos jovens Redentoristas!

Vamos dar continuidade à reflexão sobre nossa Congregação do Santíssimo Redentor que, no dia de ontem (09 de novembro de 2014), pudemos celebrar e render graças a Deus por seus 282 anos de fundação. Quantas graças Deus dispõe ao mundo, pelo Seu amor, por intermédio de nossa congregação! Mas você sabe por que Santo Afonso fundou nossa congregação? Qual foi o seu principal objetivo? Como será que tudo começou? Vamos juntos tentar responder essas perguntas para conhecermos mais sobre a FUNDAÇÃO DA CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR e para atualizarmos nosso carisma e espiritualidade às realidades juvenis pelas quais estamos inseridos.

Como sabemos, Afonso Maria de Ligório nasceu de uma família religiosa e rica no Reino de Nápoles, Itália, no ano de 1696. Além de aprender com seus pais a rezar e ter devoção a Maria e a Santíssima Eucaristia desde pequeno teve variável oportunidade de estudos intelectuais. Antes de ingressar a vida sacerdotal, exercia a profissão de advogado de modo muito dedicado e responsável, iniciada quando tinha apenas 16 anos de idade. Desde sempre procurou ajudar os mais pobres e necessitados de sua época, defendendo-os na Justiça, sem perder nenhuma causa. Porém, devido a uma injustiça social, Afonso perdeu sua primeira e única causa judicial internacional por desonesta escolha do juiz. Assim, ele decide deixar os tribunais, declarando: “tribunais não me vereis jamais”. Esse jovem justo fica trancado em seu quarto por dias, rezando e não se conformando pelo ocorrido em sua vida.

Após esses dias de “retiro”, confirmando sua esperança e amor a Deus, Afonso decide deixar tudo para continuar ajudando aos necessitados: não mais como advogado, mas como sacerdote. Podemos observar que essa experiência de decepção nos tribunais não foi um impasse para que ele deixasse de prosseguir sua missão e realização pessoal. Talvez fosse um modo pelo qual Deus usou para chamar a atenção de Afonso e fazer com que ele O seguisse permanentemente.

Em um determinado período de dias, exausto Pe. Afonso decide descansar “longe dos grandes centros” urbanos e vai para um vilarejo que fica acima da cidade de Scala, Santa Maria dei Monte. Por lá, ele descansou, rezou e conviveu com os humildes e simples camponeses. Essa experiência “de saída” lhe foi de tamanha importância, pois o aproximou daqueles necessitados de seu tempo: os cabreiros, cuidadores de cabras. Afonso viu que esses não possuíam muita orientação espiritual para suas vidas ou até mesmo alguns nem tinham a oportunidade de se aproximar ainda mais de Jesus, o Redentor, através dos sacramentos, pois viviam longe dos centros onde habitavam os padres napolitanos. No entanto, também percebeu que ele próprio, na condição de sacerdote, pôde conviver com estes cabreiros a seu modo, acreditando que é possível uma evangelização junto a estes homens e mulheres conhecedores e desejosos de Deus.

Durante todo o ano de 1971, Pe Afonso voltára algumas vezes a Scala, e em conversas com a Irmã Maria Celeste Crostarosa partilhavam de ideias para sim formar projetos de uma nova missão. Em Scala, nos dias 6, 7 e 8 de Novembro de 1732, na igreja do Mosteiro das Religiosas de Irmão Crostarosa, reuniram-se todos para rezar. Assim, para viver plenamente o seu lema: "Deus me enviou para evangelizar os pobres", no dia 09 de Novembro sob a assistência jurídico-eclesiástiva, Pe. Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, pelos quais padres e irmãos Redentoristas destinam-se, exclusivamente, à pregação aos pobres nas regiões de população abandonada que, naquela época, era sob a forma de missões e retiros. Afonso mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, integrando sua atividade pastoral com a de escritor de livros contemplativos, devotos e teológicos. Com tudo isso, ele e seus companheiros conseguiram a conversão de muitas pessoas.

Para os dias de hoje, podemos atualizar e renovar tal coragem e ousadia afonsiana em nossas variadas frentes missionárias, em vista do bem e da missão redentora no mundo. E contamos com vocês, jovens redentoristas, para somarem as forças sempre conosco nesta empreitada comunitária de amor, doação e carinho, juntamente com o nosso pai fundador Santo Afonso Maria de Ligório.

                                      PRA PENSAR:                                                                                                                                                                                                                                                   
- Como podemos buscar, a exemplo de Santo Afonso, fazer a experiência de encontro daqueles jovens mais necessitados de minha comunidade?                                            
- Buscamos nos preocupar e ocupar com os jovens que estão excluídos da sociedade ou que estão em uma “periferia existencial”, ajudando-os a descobrir e a encontrarem com o Cristo sempre presente em suas vidas? O que podemos fazer para testemunharmos o Redentor a eles?                                                                                                                       
      - Quais propostas eu e meu grupo JUMIRE podemos assumir para renunciarmos aquilo que, de fato, nos impede de seguir o Redentor? Com o que nos identificamos e nos comprometemos com o projeto missionário de Santo Afonso?


Jonas Luiz de Pádua
Pré Noviço - Província de São Paulo


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Santo Afonso Maria de Ligório

Afonso Maria de Ligório nasceu em 27 de Setembro de 1696 em Marianella, ao Norte da cidade Nápoles. Primogênito de oito filhos do casal José de Ligório e Ana Cavaliere. 
Afonso nasceu numa família nobre. Seu Pai foi um rígido Almirante da Armada Real e sua Mãe era filha de um Ministro da Corte suprema de justiça e descendente da nobreza espanhola. Dois dias depois de seu nascimento, Afonso foi batizado na Igreja de Santa Maria das Virgens como "Afonso Maria Antônio João Francisco Cosme Damião Miguel Ângelo Gaspar de Liguório".

Iniciou seus estudos em casa, com os melhores professores. Estudou Latim, Grego, Espanhol, Francês, Ciências, Pintura, Música, Artes, Ciências Jurídicas etc. Aos 16 anos, diplomou-se em direito Civil e Canônico. Tornou-se Advogado e iniciou uma brilhante carreira que o fez muito famoso. Fez um propósito de ser um profissional justo. A religião e a honestidade seriam suas companheiras na profissão. No auge do seu sucesso profissional, dedicava horas de trabalho nos estudos de processos. Mesmo assim, reservava tempo para se dedicar às confrarias e ao Hospital dos Incuráveis.

Em um processo judicial que envolviam interesses de poderosos da época, Afonso, sem se deixar corromper, perde a causa. Tal foi sua decepção que, naquele momento, deixou o tribunal para nunca mais voltar: "Mundo, agora eu te conheço. Tribunais, não me vereis jamais" .

Após alguns dias de angústia, Afonso procurou consolo em suas orações e em suas atividades no Hospital dos Incuráveis, lugar de onde saiu no dia 29 de agosto de 1723 e foi para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês onde se pôs a rezar e tirou seu espadachim de prata e o depositou aos pés da Virgem das Mercês.

Dias depois, se ingressa no Seminário da Arquidiocese de Nápoles. Foi Ordenado Presbítero no dia 21 de Dezembro de 1726. Ordenado, ingressou no grupo das Missões da Arquidiocese, sendo dedicado e preocupado com o bem do próximo. Após a experiência Missionária, mudou-se para o Colégio dos Chineses, onde, de modo inovador, dedicou-se aos irmãos mais abandonados. Esse seu trabalho levou à abertura das "Capelas da Noite", que tinha como objetivo a evangelização mútua. Elas eram coordenadas por leigos. Padres aderiram ao projeto e tornaram-se assistentes de Afonso.

No ano de 1730, trabalhos, zelo e dedicação levaram Afonso à estafa, e, por aconselhamento de muitos, resolve descansar nas montanhas da cidade de Scala. Ao chegar, tamanho foi o espanto de Afonso, pois pastores e camponeses viviam em total abandono social e religioso. Ao deparar com aquela situação, dois anos depois, junto com alguns companheiros, Afonso dá início à fundação da Congregação do Santíssimo Redentor. 

Por trinta anos, dedicou-se em pregar missões, retiros, escreveu diversos livros, compôs músicas, pintou quadros e orientou pessoal e cuidadosamente seus confrades.

Aos 66 anos de idade, Afonso foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos. Mesmo com tantos afazeres,  Dom Afonso foi modelo  de Bispo. Seu episcopado durou 13 anos. Como Bispo emérito, foi morar na Comunidade Redentorista de Pagani, onde passou seus últimos dias. 

Afonso morreu no dia 1 de Agosto de 1787 aos 91 anos de idade. 

Santo Afonso Maria de Ligório deixa uma lição de confiança e de perseverança para todos nós. Dedicava ao menos oito horas de seu dia para orações, e nos piores momentos das tentações, nas dores, perseguições, jamais desanimou no seu desejo de alcançar a santidade.





      Relíquias de Santo Afonso na Basílica Santuário de Afonso de Ligório em Pagani 
       Fonte: Portal a12.com e informativos Provincial 

                                           


Olivia Maria
Juventude Missionária Redentorista
Província de São Paulo