segunda-feira, 27 de junho de 2011

Alguns pensamentos para a Juventude Missionaria Redentorista.


"Diante dos desafios do mundo de hoje ainda há jovens que acreditam que é possível construir a paz.
"
"As árvores deixam cair as folhas mortas para que venha a nova vida ao hálito fecundo da primavera; deixe  também sair de você os pensamentos imprestáveis, malévolos, inúteis,  para que venha em breve uma vida cheia de saúde, paz e prosperidade. "
 
"O que torna o sonho irrealizável não é o sonho em si, mas, a inércia de quem sonha."
 
"Quem alimenta pensamentos de barro não alcansa uma carreira de ouro."
 
"A maneira com que você pensa hoje, determinará o seu viver amanhã; decide, portanto hoje, a espécie de pessoa que você deseja ser amanhã. Deixe de culpar o destino."
 
"A prisão não são as grades, a liberdade não é a rua; existem homens presos nas ruas e existem homens livres na prisão; tudo é questão de consciência."
 
"Meu conselho é que se case; se a mulher for boa, você será feliz; se  for ruim, você se tornará um filósofo."
 
"Tudo o que somos é resultado do que pensamos; se uma pessoa fala e age com maus pensamentos o sofrimento a segue como as rodas seguem os pés do boi que pucha o carro; se uma pessoa fala e age com pensamentos puros a felicidade a segue como a sombra que nunca a abandona."
 
Medite nessas palavras e viva feliz.!
 
Abraços a todos e a todas. 
 
                                  Ir. Ernesto Coelho.
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

JOVENS – DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS

                A Igreja conta com os jovens, seu dinamismo, alegria e vivacidade para serem discípulos missionários.  Basta lhes dar oportunidade, ouvi-los, dar formação, delegar, assessorar.
       
        Os jovens gostam de ação, arregaçar as mangas, participar. Por outro lado, sabemos que precisam de formação sólida para realizarem trabalhos sólidos. Necessitam do nosso testemunho, da nossa coerência e saber que podem contar conosco. Aí que entram os movimentos, as pastorais, os diversos grupos de jovens.Vamos acolhê-los,  oferecer conteúdos, orientação, subsídios e tudo o que for necessário. Tudo muito organizado.  O jovem gosta de disciplina, que não precisa ser “careta”. Uma organização compartilhada, discutida.
       
     A Igreja deve contar, também, com adultos dispostos a trabalhar com os jovens, lado a lado: sacerdotes, religiosos, leigos, que entendam a mentalidade e falem “a sua língua”, sem abandonar os verdadeiros princípios.  Pessoas que se atualizam, estudam e que saibam a diferença entre autoridade e autoritarismo, liberdade e libertinagem. Há necessidade de atualização constante, formação contínua para quem trabalha com a juventude, pois o mundo evolui num ritmo frenético.  É importante buscar novos caminhos, novas metodologias,  recursos diferenciados e formação de lideranças.
           
   É urgente darmos uma atenção especial à Pastoral da Juventude. Muitos jovens estão perdidos. Se oferecermos o que eles procuram, eles virão até nós. Entre tantas coisas, procuram amor, atenção, compreensão, solidariedade, justiça, dignidade, verdade, objetivos para a vida. Conteúdos, valores.  
Querem, também, amizade, alegria, ação.  Procuram Deus! Para si mesmos e para o próximo.  Querem ter vez e voz! Desejam aprender e ensinar. Querem compartilhar o que sabem e o que aprendem.
            
     Não podemos perder isso.  Lembremos que a Jornada Mundial da Juventude vem aí.  Peçamos a Deus que gere bons frutos.

Cidinha Alcântara - JUMIRE - Região Aparecida 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Antiga lenda da Idade Média

Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor do crime era pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro criminoso.
O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca.
Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.
O juiz, que também participava da trama para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz: - Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do senhor. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra inocente e em outro pedaço a palavra culpado.
Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredito.
O senhor decidirá seu destino.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papeis, mas em ambos escreveu culpado.
Não havia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.
Não havia saída.
Não havia alternativas para o acusado escolher um.
O homem pensou alguns segundos, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis, rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
- Mas o que você fez? - disse o juiz - E agora? Como vamos saber qual seu veredicto? - É muito fácil - respondeu o homem. Basta olhar o outro pedaço e saberemos que acabei engolindo o seu contrário. Imediatamente o homem foi libertado.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Experiência Vocacional de Moisés – Vivência do Amor.


O ser humano é alguém que vive de experiências que constroem e consolidam a vida. E quando o ser humano – cristão realiza uma experiência vivencial do Amor de Deus, ele transforma sua vida, a vida das pessoas ao seu redor e todas as situações de menos vida da sua realidade.
Na história de Moisés (Êxodo, 2, 3 e 4) encontramos um exemplo belíssimo dessa experiência. Moisés foi salvo das águas pela filha do Faraó, rei do Egito, é criado e educado na coorte do rei. Moisés, porém, tem sangue hebreu e “sai” do palácio e “vai” ao encontro dos seus irmãos hebreus. Esse sair e ir faz com que Moisés “veja” a situação de escravidão de seu povo e se torna solidário com ele, defendendo-o do opressor. Moisés foge para o deserto, defende as filhas do Sacerdote de Madiã e é acolhido por ele. A salvação não acontece mais no fértil Egito, mas no deserto onde vive o sacerdote que não perdeu a fé no verdadeiro Deus.
Na convivência com a família do sacerdote de Madiã, Moisés realiza duas experiências: a experiência do Amor, casando com uma das filhas do sacerdote e a experiência de Deus, do seu AMOR presente como fogo que queima. E nesta vivência do Amor, Moisés faz a experiência da fé no Deus verdadeiro, no Deus de Israel. Deus se mostra para Moisés como um Deus que “vê” a miséria de seu povo; “ouve” o seu clamor; “conhece – sente” no coração os sofrimentos de seu povo. Por isso, é um Deus que “desce” para estar ao lado de seu povo; o “liberta” da escravidão e o faz subir”, ressuscitar para uma vida nova. Deus envia Moisés para libertar o seu povo, agora repleto da força do seu amor e da sua fé – “vai e liberta o meu povo”. Agora Moisés também vai “ver” a miséria do povo; “ouvir” os seus clamores; “conhecer – sentir” os sofrimentos do povo: “descer” de volta ao Egito para estar ao lado de seu povo; “libertar” o povo da escravidão e para “fazê-lo subir” para a terra da liberdade.
E Deus ainda dá a garantia para Moisés:
Deus revela o seu nome “Eu Sou aquele Sou”. Deus é Verbo – Ação presente. Deus nunca foi e nunca será - Ele É. São João, por isso diz: Deus é Amor. Deus atua, age na pessoa humana por meio de seu Amor.
Deus transmite seu poder para Moisés: a vara que se transforma em serpente; a mão leprosa em mão sadia e a água transformada em sangue.
Deus ensinará a Moisés o que ele deve falar – vai falara a Palavra de Deus por meio de Aarão.
A Vocação de todo cristão é e deve ser uma experiência do Amor transformador de Deus. Somos convidados e convocados por Deus para uma grande Missão: “Ver”, “Ouvir”, “Conhecer-sentir” os sofrimentos, os clamores do povo; “Libertá-lo” de toda escravidão e de “Elevar” toda pessoa humana em sua dignidade de filhos e filhas de Deus, para viver na força do Amor Redentor em Jesus Cristo. Vivendo esta experiência do amor, dirigimos nossa vida para o fim último, a Vida Eterna. Perdendo o horizonte da vida, transformamos nossa vida terrena num vazio. Procuramos a todo custo aproveitar o máximo esta vida, pisando por cima de tudo e todos. Se a criança – adolescente – jovem perde o rumo da vida dirigida para o alto, também não vai se interessar em assumir com responsabilidade uma vocação, a colocar a vida a serviço. Como deixamos que esta experiência do Amor torne-se realidade em nós? Como estamos assumindo a nossa Vocação-Missão na família, na Igreja e na sociedade? Como estamos evangelizando, ensinando e direcionando a vida para o fim último – a Vida Eterna?
A partir dessa experiência vocacional de Moisés podemos olhar para o Documento de Aparecida, nos perguntando como deve acontecer o “Processo de Formação do Discípulo  Missionário de Jesus Cristo”?
Jesus formou seus discípulos para uma experiência vivencial com o mestre. Jesus faz um convite pessoal, os chama pelo nome, os convida para estar com ele, os atrai para si, transforma suas vidas numa contínua conversão e os envia em missão. Fundamental: o discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como mestre que o conduz e acompanha na caminhada.
Aspectos do processo de formação do discípulo-missionário:
O ENCONTRO COM CRISTO: é a iniciação cristã – anúncio fundamental sobre Jesus Cristo para chegar a maturidade cristã.
A CONVERSÃO: é a resposta de quem aceita Jesus – muda sua forma de pensar e viver, aceita a cruz de Cristo para morrer para pecado e alcançar a vida – sacramento do batismo e da reconciliação.
O DISCIPULADO: é o amadurecimento constante no conhecimento, no amor e seguimento de Jesus Cristo, se aprofundando no mistério de sua pessoa, de seu exemplo e doutrina – necessidade da catequese permanente e vivencia sacramental.
A COMUNHÃO: é a vivencia e a participação da vida comunitária, o encontro de irmãos, vivendo o amor a Cristo na vida fraterna e na solidariedade.
A MISSÃO: é o partilhar a experiência pessoal com Cristo, levando a alegria de ser discípulo, anunciando Jesus em sua vida, morte e ressurreição e tronando realidade o amor e serviço aos irmãos, em especial aos mais pobres e abandonados – é construir o Reino de Deus.
CRITÉRIOS PARA A CAMINHADA DE FORMAÇÃO.
Fundamental: formação integral, querigmática (anuncio fundamental) e permanente.
DIMENSÃO HUMANA E COMUNITÁRIA: assumir a história pessoal, desenvolvendo e amadurecendo a personalidade e transformando a sua vida para o serviço do Reino, inserindo o cristão no mundo atual complexo e em contínua transformação.
DIMENSÃO ESPIRITUAL: fundando o cristão na experiência de Deus manifestado em Jesus Cristo e que o conduz pelo Espírito para o amadurecimento da fé.
DIMENSÃO INTELECTUAL: reflexão séria, na luz da fé para um discernimento das realidades que nos cercam, construindo um juízo crítico dessa realidade abrindo-se para o diálogo e encontro de culturas. Importante o estudo teológico bíblico e das ciências humanas.
DIMENSÃO PASTORAL E MISSIONÁRIA: anunciar Cristo na própria vida e no seu ambiente vivencial, pelo apostolado nas pastorais – movimentos, usando todos os recursos disponíveis para a Evangelização Missionária.
Para esta formação ser uma realidade, é necessário que ela seja organizada a partir da diocese, das paróquias e comunidades, onde todas as forças vivas devem ser envolvidas: associações, serviços e movimentos, comunidades religiosas, pequenas comunidades, comissões de pastoral social e os diversos organismos eclesiais que devem oferecer uma visão de conjunto e abrangente na formação.
As instancias de formação iniciam com o bispo diocesano, passando pelos presbíteros, diáconos, os religiosos – religiosas e leigos atuantes.
A formação deve capacitar os leigos para serem discípulos -  missionários no mundo, na perspectiva do diálogo e da transformação da sociedade – mundo da política, da realidade social, da economia, da cultura, das ciências, das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação, etc.
A formação deve ser na linha da espiritualidade missionária, impulsionada pelo Espírito Santo, para transformar a vida pessoal em vista de uma missão encarnada, e não simplesmente num devocionismo estéril e privado. O Espírito não nos fecha numa intimidade cômoda, mas nos torna generosos e criativos, felizes no anúncio e no serviço missionário.
Iniciação à vida cristã e catequese permanente.
Temos muitos cristãos batizados, mas ausentes da vida sacramental e comunitária e não atuantes dentro da sociedade. São católicos insossos  e apagados, com identidade cristã fraca e vulnerável.
Esta realidade nos questiona sobre o conteúdo e dinâmica de nossa catequese. Ensinam-se conteúdos, doutrinas, normas morais sem atingir o centro da vida cristã: Jesus, sua pessoa, proposta e redenção. Os sacramentos da iniciação cristã – batismo, crisma e eucaristia devem levar o cristão a assumir a vida em Cristo.
Propostas:
Levar a experiência pessoal com Cristo – conversão – inserção na comunidade.
Ser testemunha de Cristo vivo, transformando a vida na celebração dos mistérios cristãos, inserindo na vida sacramental.
Aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e seguimento de Cristo.
Levar ao espírito de oração, amando a Palavra de Deus, vivendo a vida sacramental.
Catequese vocacional e missionária.
Catequese Permanente: é necessário que a catequese tenha um caráter permanente, atualizando conteúdos e métodos, formando teológica e biblicamente as catequistas, fundamentando-a nas famílias.
Como catequistas temos que ter consciência sobre os “valores” para os quais as novas gerações são hoje formadas.
Nos anos 20 a 40 do século 20, as gerações jovens eram formadas para valorizar a família, a religião e a escola; nos anos 60 – 80 para a luta pela libertação – ação política, social, participação nos movimentos populares e hoje, as gerações jovens são formadas para o consumismo: bens de consumo, comportamentos de consumo (ex. sexo virou diversão). Temos consciência dessa situação e a levamos em consideração na catequese? Propomos uma vivência cristã autentica, ou ficamos num pietismo estéril consumista?
          Que Maria, a Mãe do Amor nos ajude a descobrir os maravilhosos caminhos de Deus, para renovar nossa vida e a de nossos catequizandos.

Pe. Inácio Gebert – Missionário Redentorista