quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Agradecimento de Nosso Superior Provincial Rogério Gomes

       
CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR
           PROVÍNCIA DE SÃO PAULO
  São Paulo, 04 de fevereiro de 2015


Agradecimento pela Ação Jovem Missionária em Gonçalves-MG

Caríssimos Missionários da JUMIRE,
Quero, em nome do Governo Provincial da Província de São Paulo agradecer-lhes pela sua contribuição evangelizadora na Ação Jovem Missionária, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Gonçalves-MG.
Esta semana importante foi marcante para todos vocês. Cada um pode dar o que de melhor possuía e também receber do coração generoso das pessoas o carinho acolhedor que se torna comunhão. Quem anuncia o Evangelho é sempre um discípulo aprendiz que possui um coração ardente que o faz anunciar a todos os povos a ‘alegria do Evangelho’. É igual a Maria que, ao receber o anúncio do Evangelho Vivo, sai sobre as montanhas e vai cantar o seu Magnificat a sua prima Isabel, pois não conseguia conter dentro de si a alegria daquilo que ela tinha experimentado em primeira pessoa. Anunciar o Evangelho é sempre fazer uma troca profunda de experiência de Deus com alguém. Quem anuncia e quem escuta esta palavra, ambos devem ruminar esta palavra e guardá-la no coração.
“Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor” (Pe. Zezinho). Que vocês sejam sempre estes mensageiros do amor de Deus. A beleza do que anunciam é sempre ‘tão antiga e tão nova’ (Santo Agostinho) e não se corrompe com o tempo. Não tenham medo de evangelizar e lancem sempre as redes para as águas mais profundas. Eis a missão de cada cristão.
Agradeço-lhes de coração por terem aceitado este desafio. As gerações mais experientes e mais novas, juntas, podem contribuir imensamente para a evangelização. Deus os abençoe e enriqueça cada um de dons! Maria, Mãe da Igreja, olhe por todos os missionários e os proteja de todos os perigos. Amém.
Do Irmão em Cristo,
                                        
                                            Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R
                                  Superior Provincial

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

MARIA, nossa doce Esperança!

Santo Afonso é um grande cantador das Glórias de Maria e, por isso, a coloca como exemplo de seguimento a Jesus Cristo. Não à toa, ela nos é apresentada com grande importância e destaque na Espiritualidade Redentorista. Ela é caminho seguro que nos leva ao Salvador e à Salvação. Com efeito, sem Maria não atingiremos plenamente o coração do nosso Deus, visto que lhe fora dado merecimentos de intercessora. Que sorte temos! Haverá perdição a quem a ela se confiar nos momentos de grande solidão e dificuldades? Afonso nos garante que não: “A poderosa intercessão de Maria é certeza de que a súplica feita, em Maria, tem garantia de resposta!” (As Glórias de Maria, p. 76).

Escolhida para ser a Mãe do Redentor, Maria se torna a Mãe da Humanidade. O menino Deus aprendeu dela o nosso jeito de ser humano. Ela o ensinou as lições cotidianas da vida. Ele, por sua vez, aprendendo a ser humano, nos revelou os segredos da divindade e nos mostrou que somos capazes de santidade.

Maria deve ser seguida como exemplo: Ela foi a mãe que acompanhou Jesus em todos os momentos, desde o nascimento naquela manjedoura entre os animais, até a cruz entre os ladrões. Seu SIM aconteceu desde a encarnação, passando pelo Calvário e se estendendo até os nossos dias. Ela sentiu as dores de seu Filho no coração, mas não o abandonou em nenhum instante. A intercessora de Jesus, aos pés da cruz, nos recebe como seus filhos (Jo 19, 25-27). Desse modo, ela se torna, também, a nossa intercessora e medianeira.

Acolhamos, pois, a Maria, nossa mãe, como modelo e exemplo de vida e ela, com certeza, ficará feliz em ser rogada como Intercessora e Medianeira e nos ajudará a alcançarmos as graças que nos são necessárias para a nossa Salvação.


Sendo nossa mãe, Maria nos aponta sempre o Redentor, o porto seguro da Salvação. Por isso, ao interceder por nós ela não se cansa de nos pedir: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Dessa maneira, a Mãe de Jesus nos ensina a sermos verdadeiros filhos de Deus! Interceda sempre por nós, oh doce esperança de Afonso!


                       pintura feita por Santo Afonso



Pe. Lucas Emanuel, CSsR
Diretor Seminário Saníssimo Redentor
Província Redentorista de São Paulo

A Eucaristia

Jesus Cristo é centro da Espiritualidade Redentorista. Santo Afonso se perguntava por que Jesus veio até nós? E a única resposta que encontrou foi o amor, Jesus é a maior prova do amor de Deus pela humanidade “Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho, para que não morra quem nele crer, mas tenha vida eterna” (Jo 3,16).

Na quinta-feira santa, às vésperas de sua morte, Jesus instituiu a eucaristia, sacramento que nos faz lembrar do seu amor, da sua presença constante caminhando conosco em meio as dificuldades da vida, como Ele mesmo prometeu “Eis que estou convosco todos os dias até  fim do mundo” (Mt 28,20)

Santo Afonso dizia que as pessoas no seu leito de morte se preocupam em deixar roupas, joias e objetos de valor para demonstrar seu amor e sua afeição, mas Jesus deixou a si mesmo, seu corpo e sangue para estar sempre acessível a nós: “Verbo eterno, não vos bastou tomar a nossa natureza e morrer por nós na Cruz, quisestes ainda dar-nos este sacramento para serdes nosso companheiro, nosso alimento e penhor da glória celeste”.

Ao contrario do pensamento de alguns de seu tempo que recomendava as pessoas a manterem distância da eucaristia até que fossem dignas, Afonso incentivava os cristãos a comungarem e fazerem visitas com frequência a Jesus eucarístico, dizendo que aqueles que sentem frio devem aproximarem-se do fogo e não se afastarem dele, a eucaristia é o fogo do amor de Deus que arde constantemente por nós. Escreveu o livro visitas ao santíssimo sacramento com uma oração para cada dia do mês.  

Para o redentorista a eucaristia é o alimento que sustenta sua missão, sinal de comunhão com Deus e com os irmãos, por isso a tradição de manter a capela sempre no centro do convento para que o religioso não se esqueça de reservar vários momentos do seu dia para visitar Jesus que fica dia e noite no sacrário nos esperando.

Eucaristia significa ação de graças, a vida do cristão deve ser sempre um agradecimento a Deus pelo passado, presente e futuro, e assim sendo, testemunhará Deus que ama tanto a humanidade que enviou em Jesus para ser Nosso Redentor.

 imagem tirada da internet




Guilherme Dias Viana
Aspirante Propedêutico
Província Redentorista de São Paulo

A CRUZ: A CHAVE DA REDENÇÃO DO MUNDO!

Quando olhamos para palavra Redenção deparamos com o significado: “aquele que redime e resgata; aquele que resgata os cativos”. Mas para entendermos de fato o que ela significa, basta olharmos para a vida e a pessoa de Jesus Cristo.

Quando olhamos a CRUZ lembramos do ato mais significativo para cada um nós, nos recorda do ato em que Jesus nos ofereceu, com sua morte na cruz, a nossa redenção, a nossa salvação plena com o seu sangue derramado por nós. Assim fomos libertados do pecado da morte com o sangue precioso de Jesus.

Nos Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João nos contam como foram os últimos momentos da vida de Jesus. Após celebrar a Páscoa com seus discípulos foi com eles ao jardim das oliveiras para ficarem com o mestre em vigília em oração, Jesus porem se retirou da presença deles  para rezar ao pai assim preparando seu espírito,  sua carne corporal para a sua doação e a entrega por todos por amor. ”O pai se for possível afasta de mim esse cálice seja feita a tua vontade e não a minha” (mt:26,39) Jesus já sabia tudo o que ia acontecer a seu respeito nos dá uma grande lição nos ensina a sermos fortes no momento de nossa agonia, e do sofrimento basta cada um de nós a entregarmos a nossa vida nas mãos do Cristo Redentor.

Jesus se “fez obediente até à morte de cruz” ( Fil 2,8). Assim foi a vontade de Deus pra se realizar em seu Filho o plano de salvação, um ato de misericórdia e de redenção. Mesmo sendo traído por Judas e negado  por Pedro, foi flagelado, condenado à morte como se fosse um malfeitor, mas Deus esteve do lado de seu Filho nessas horas de agonia, de dor, sofrimento. Nestes momentos finais de Jesus neste mundo com todos estes sofrimentos ele não disse nada ficou calado. “Como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador” (Is 53,7). Nosso Senhor não foi comparado a um leão quando foi conduzido à morte. Como um cordeiro, uma ovelha, guardou silêncio quando foi conduzido à Paixão e à morte: ‘Como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca’ na Sua humilhação.

Confirmando a palavra da profecia com a Sua conduta, guardou silêncio quando O levaram, calou-Se quando O julgaram, não Se queixou quando O flagelaram, não discutiu quando O condenaram, não Se irritou quando O amarraram. Não murmurou quando Lhe deram bofetadas, não gritou quando O despojaram das Suas vestes, tal como uma ovelha durante a tosquia. Não os amaldiçoou quando Lhe deram o fel e o vinagre; não Se irritou com eles quando O cravaram no madeiro.

Santo Afonso nutria a sua vida com os mistérios da Redenção ele escreve: “Eu mesmo uso todo dia. Recomendo-lhe não deixar passar nenhum dia sem recordarem sua mente ao menos alguma coisa da paixão com o auxílio deste livro ou de um outro. A Paixão tem sido o continuo objeto de meditação para os santos”. (Santo Afonso)

O ato de amor de Jesus por nós é a sua entrega final deixa ser crucificado na Cruz, “um Deus loucamente apaixonado por nós”, Um amor que sacrifica a própria vida pelos amigos. Com sua morte na Cruz Jesus apaga todos os pecados e abre pra nós a chave da Redenção redime a todos com seu precioso sangue derramado na Cruz. Com seu coração traspassado pela lança logo sai sangue e água e nasce a Igreja e o sacramento do Batismo e da Eucaristia, e assim a Igreja esposa de Cristo, nasceu do coração traspassado de Cristo na Cruz.

A devoção de Santo Afonso à Paixão deixou sua marca na congregação e na sua missão, ele chamou os Redentoristas a segui-lo nos passos de Cristo Redentor pregando a boa nova do reino de Deus aos mais pobres e abandonados. Deu á congregação o seu brasão com a Cruz, a Lança e a esponja e o lema: “COPIOSA APUD EUM REDEMPTIO”. Assim os missionários redentoristas são conhecidos por todo mundo de serem os anunciadores da Copiosa Redenção que brotou do coração traspassado pela lança na cruz.





          Crucifixo pintado por Santo Afonso



Luiz Felipe
Aspirante Propedêutico
Província Redentorista de São Paulo

A Encarnação


   No Presépio trilhamos a Encarnação que a Congregação deve fazer como fez o Verbo: em tudo igual ao homem a ser evangelizado. Ao se encarnar em nosso meio, Jesus quis mostrar o quanto nos ama e o quanto se preocupa com a nossa salvação, se fez homem como nós. Percebemos que Jesus nasceu pobre e desapegado de tudo, ou seja, veio a esse mundo exatamente como eram aqueles que mais precisavam de “médico”.
   
A espiritualidade de Maria Celeste Crostarosa e de Santo Afonso Maria nos diz que o Filho de Deus veio ao mundo por amor e para conquistar o amor dos seres humanos. É isso que o Redentorista deve fazer quando lhe é apresentado à espiritualidade da Encarnação, ir ao encontro das pessoas, principalmente dos mais pobres e abandonados, por amor; conquistar o amor das pessoas através do jeito de falar, de acolher, de aceitar, de olhar, assim como fez Jesus quando as pessoas se aproximavam Dele.

     



     E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. (Jo 1, 14)

                                      
         imagem:internet site universovozes.com.br



         Gustavo Vieira da Costa
          Aspirante Propedêutico 
        Província Redentorista de São Paulo

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Fundação de nossa Congragação Redentorista: Feliz ousadia que se renova.

Olá, queridos jovens Redentoristas!

Vamos dar continuidade à reflexão sobre nossa Congregação do Santíssimo Redentor que, no dia de ontem (09 de novembro de 2014), pudemos celebrar e render graças a Deus por seus 282 anos de fundação. Quantas graças Deus dispõe ao mundo, pelo Seu amor, por intermédio de nossa congregação! Mas você sabe por que Santo Afonso fundou nossa congregação? Qual foi o seu principal objetivo? Como será que tudo começou? Vamos juntos tentar responder essas perguntas para conhecermos mais sobre a FUNDAÇÃO DA CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR e para atualizarmos nosso carisma e espiritualidade às realidades juvenis pelas quais estamos inseridos.

Como sabemos, Afonso Maria de Ligório nasceu de uma família religiosa e rica no Reino de Nápoles, Itália, no ano de 1696. Além de aprender com seus pais a rezar e ter devoção a Maria e a Santíssima Eucaristia desde pequeno teve variável oportunidade de estudos intelectuais. Antes de ingressar a vida sacerdotal, exercia a profissão de advogado de modo muito dedicado e responsável, iniciada quando tinha apenas 16 anos de idade. Desde sempre procurou ajudar os mais pobres e necessitados de sua época, defendendo-os na Justiça, sem perder nenhuma causa. Porém, devido a uma injustiça social, Afonso perdeu sua primeira e única causa judicial internacional por desonesta escolha do juiz. Assim, ele decide deixar os tribunais, declarando: “tribunais não me vereis jamais”. Esse jovem justo fica trancado em seu quarto por dias, rezando e não se conformando pelo ocorrido em sua vida.

Após esses dias de “retiro”, confirmando sua esperança e amor a Deus, Afonso decide deixar tudo para continuar ajudando aos necessitados: não mais como advogado, mas como sacerdote. Podemos observar que essa experiência de decepção nos tribunais não foi um impasse para que ele deixasse de prosseguir sua missão e realização pessoal. Talvez fosse um modo pelo qual Deus usou para chamar a atenção de Afonso e fazer com que ele O seguisse permanentemente.

Em um determinado período de dias, exausto Pe. Afonso decide descansar “longe dos grandes centros” urbanos e vai para um vilarejo que fica acima da cidade de Scala, Santa Maria dei Monte. Por lá, ele descansou, rezou e conviveu com os humildes e simples camponeses. Essa experiência “de saída” lhe foi de tamanha importância, pois o aproximou daqueles necessitados de seu tempo: os cabreiros, cuidadores de cabras. Afonso viu que esses não possuíam muita orientação espiritual para suas vidas ou até mesmo alguns nem tinham a oportunidade de se aproximar ainda mais de Jesus, o Redentor, através dos sacramentos, pois viviam longe dos centros onde habitavam os padres napolitanos. No entanto, também percebeu que ele próprio, na condição de sacerdote, pôde conviver com estes cabreiros a seu modo, acreditando que é possível uma evangelização junto a estes homens e mulheres conhecedores e desejosos de Deus.

Durante todo o ano de 1971, Pe Afonso voltára algumas vezes a Scala, e em conversas com a Irmã Maria Celeste Crostarosa partilhavam de ideias para sim formar projetos de uma nova missão. Em Scala, nos dias 6, 7 e 8 de Novembro de 1732, na igreja do Mosteiro das Religiosas de Irmão Crostarosa, reuniram-se todos para rezar. Assim, para viver plenamente o seu lema: "Deus me enviou para evangelizar os pobres", no dia 09 de Novembro sob a assistência jurídico-eclesiástiva, Pe. Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, pelos quais padres e irmãos Redentoristas destinam-se, exclusivamente, à pregação aos pobres nas regiões de população abandonada que, naquela época, era sob a forma de missões e retiros. Afonso mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, integrando sua atividade pastoral com a de escritor de livros contemplativos, devotos e teológicos. Com tudo isso, ele e seus companheiros conseguiram a conversão de muitas pessoas.

Para os dias de hoje, podemos atualizar e renovar tal coragem e ousadia afonsiana em nossas variadas frentes missionárias, em vista do bem e da missão redentora no mundo. E contamos com vocês, jovens redentoristas, para somarem as forças sempre conosco nesta empreitada comunitária de amor, doação e carinho, juntamente com o nosso pai fundador Santo Afonso Maria de Ligório.

                                      PRA PENSAR:                                                                                                                                                                                                                                                   
- Como podemos buscar, a exemplo de Santo Afonso, fazer a experiência de encontro daqueles jovens mais necessitados de minha comunidade?                                            
- Buscamos nos preocupar e ocupar com os jovens que estão excluídos da sociedade ou que estão em uma “periferia existencial”, ajudando-os a descobrir e a encontrarem com o Cristo sempre presente em suas vidas? O que podemos fazer para testemunharmos o Redentor a eles?                                                                                                                       
      - Quais propostas eu e meu grupo JUMIRE podemos assumir para renunciarmos aquilo que, de fato, nos impede de seguir o Redentor? Com o que nos identificamos e nos comprometemos com o projeto missionário de Santo Afonso?


Jonas Luiz de Pádua
Pré Noviço - Província de São Paulo


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Santo Afonso Maria de Ligório

Afonso Maria de Ligório nasceu em 27 de Setembro de 1696 em Marianella, ao Norte da cidade Nápoles. Primogênito de oito filhos do casal José de Ligório e Ana Cavaliere. 
Afonso nasceu numa família nobre. Seu Pai foi um rígido Almirante da Armada Real e sua Mãe era filha de um Ministro da Corte suprema de justiça e descendente da nobreza espanhola. Dois dias depois de seu nascimento, Afonso foi batizado na Igreja de Santa Maria das Virgens como "Afonso Maria Antônio João Francisco Cosme Damião Miguel Ângelo Gaspar de Liguório".

Iniciou seus estudos em casa, com os melhores professores. Estudou Latim, Grego, Espanhol, Francês, Ciências, Pintura, Música, Artes, Ciências Jurídicas etc. Aos 16 anos, diplomou-se em direito Civil e Canônico. Tornou-se Advogado e iniciou uma brilhante carreira que o fez muito famoso. Fez um propósito de ser um profissional justo. A religião e a honestidade seriam suas companheiras na profissão. No auge do seu sucesso profissional, dedicava horas de trabalho nos estudos de processos. Mesmo assim, reservava tempo para se dedicar às confrarias e ao Hospital dos Incuráveis.

Em um processo judicial que envolviam interesses de poderosos da época, Afonso, sem se deixar corromper, perde a causa. Tal foi sua decepção que, naquele momento, deixou o tribunal para nunca mais voltar: "Mundo, agora eu te conheço. Tribunais, não me vereis jamais" .

Após alguns dias de angústia, Afonso procurou consolo em suas orações e em suas atividades no Hospital dos Incuráveis, lugar de onde saiu no dia 29 de agosto de 1723 e foi para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês onde se pôs a rezar e tirou seu espadachim de prata e o depositou aos pés da Virgem das Mercês.

Dias depois, se ingressa no Seminário da Arquidiocese de Nápoles. Foi Ordenado Presbítero no dia 21 de Dezembro de 1726. Ordenado, ingressou no grupo das Missões da Arquidiocese, sendo dedicado e preocupado com o bem do próximo. Após a experiência Missionária, mudou-se para o Colégio dos Chineses, onde, de modo inovador, dedicou-se aos irmãos mais abandonados. Esse seu trabalho levou à abertura das "Capelas da Noite", que tinha como objetivo a evangelização mútua. Elas eram coordenadas por leigos. Padres aderiram ao projeto e tornaram-se assistentes de Afonso.

No ano de 1730, trabalhos, zelo e dedicação levaram Afonso à estafa, e, por aconselhamento de muitos, resolve descansar nas montanhas da cidade de Scala. Ao chegar, tamanho foi o espanto de Afonso, pois pastores e camponeses viviam em total abandono social e religioso. Ao deparar com aquela situação, dois anos depois, junto com alguns companheiros, Afonso dá início à fundação da Congregação do Santíssimo Redentor. 

Por trinta anos, dedicou-se em pregar missões, retiros, escreveu diversos livros, compôs músicas, pintou quadros e orientou pessoal e cuidadosamente seus confrades.

Aos 66 anos de idade, Afonso foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos. Mesmo com tantos afazeres,  Dom Afonso foi modelo  de Bispo. Seu episcopado durou 13 anos. Como Bispo emérito, foi morar na Comunidade Redentorista de Pagani, onde passou seus últimos dias. 

Afonso morreu no dia 1 de Agosto de 1787 aos 91 anos de idade. 

Santo Afonso Maria de Ligório deixa uma lição de confiança e de perseverança para todos nós. Dedicava ao menos oito horas de seu dia para orações, e nos piores momentos das tentações, nas dores, perseguições, jamais desanimou no seu desejo de alcançar a santidade.





      Relíquias de Santo Afonso na Basílica Santuário de Afonso de Ligório em Pagani 
       Fonte: Portal a12.com e informativos Provincial 

                                           


Olivia Maria
Juventude Missionária Redentorista
Província de São Paulo