Olhando
a história da vida consagrada na província de São Paulo, percebemos que desde
quando chegaram os primeiros missionários da Alemanha para atender os
Santuários de Aparecida SP e Goiás Go, já estavam presentes os Irmãos
Redentoristas que na época eram chamados de coadjutores. Recebiam esse título
pelo seu auxílio aos padres que exerciam a pastoral com o povo. Enquanto isso
os irmãos colaboravam com os serviços braçais.
Como
a história está em constante movimento, o percurso dos Irmãos não foi
diferente. Após o concilio vaticano II, muitas coisas se mudaram na Igreja e
conseguintemente para os Irmãos. Foi tempo de vislumbrar novos horizontes.
Na
província de São Paulo tudo começou com o sonho do saudoso Pe. Pieroni, que
pensava uma casa para formação dos Irmãos. Foi então que no dia 02 de agosto de
1956 com a aprovação do provincial da época Pe. José Ribola deu-se inicio a
casa de formação dos Irmãos Leigos, que chamava-se Escola Agrícola Profissional
São Geraldo. O local escolhido foi a cidade de Potim pela sua proximidade à
Aparecida e pela larga área propicia ao plantio e pecuária.
Muitos
Irmãos foram formados nesse sistema, um pouco rígido no começo, mas que foi se
tornando flexível no percurso dos anos. É bom lembrar que no inicio os
candidatos a irmãos “geraldinos” não tinham a oportunidade de estudar fora em
colégios, isso foi sendo conquistado aos poucos.
Com
o passar do tempo foi-se percebendo que a estrutura da casa de formação em
Potim não correspondia mais aos anseios da formação atual. Foi ai que começou o
processo de mudança do seminário para Sorocaba. Na tentativa de oferecer aos
candidatos a irmãos “seminaristas” a oportunidade de um curso superior antes do
noviciado.
Podemos
dizer que a formação dos futuros irmãos está bem atualizada e preocupada em
capacitar o jovem para o mundo moderno ou pós-moderno.
A
vida do Irmão Missionário Redentorista deve ser um sinal de esperança na Igreja
e Sociedade. São eles colaboradores do Reino, são chamados a se doar no serviço
e simplicidade, porém tendo os mesmos direitos e deveres dos sacerdotes dentro
da congregação. Devemos deixar completamente de lado a ideia de que o Irmão é
aquele que não deu conta de ser padre.
A
figura do Irmão hoje deve ser apresentada pelo que ele é e não pelo que faz.
Hoje temos irmãos formados ou se formando nas diversas áreas: comunicação,
psicologia, história, administração, teologia, ciências da religião, enfermagem
etc. Mas o valor deles não está no campo que atuam, mas sim no ser consagrado
que cada um é.
Vejo
a necessidade dos Irmãos Redentoristas ocuparem as pastorais, pois isso ajuda a
evangelização não sendo necessária apenas a figura do padre. Num contexto de
Igreja onde sentimos a volta de antigos costumes, tradições e a supervalorização
pelos paramentos e status, os Irmãos vêm ensinar que ser Igreja é viver a
radicalidade do batismo em comunidade.
A
província de São Paulo é um luzeiro de esperança para a congregação, pois
contamos com 13 seminaristas se preparando para a consagração religiosa. Somos
em 10 irmãos junioristas espalhados pelas comunidades.
Rogamos
ao Senhor que o mesmo espírito que resoou outrora o coração de São Geraldo posa
animar a vida dos Irmãos Missionários Redentoristas fazendo-nos continuadores
do Redentor pela nossa Consagração.
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Ir. Daniel Augusto da Silva CSsR. |